O presente trabalho apresenta discussões acerca de aspectos relacionados a capacidade funcional de idosos institucionalizados, bem como trata das influências deste meio sobre a saúde e qualidade de vida dos mesmos. Justifica-se a importância deste trabalho mediante o cenário atual, em que há uma preocupação crescente com a qualidade de vida e saúde da pessoa idosa, visto que se vislumbra uma transição demográfica com a população idosa aumentando consideravelmente nas próximas décadas.O objetivo principal deste estudo foi avaliar o nível de força e flexibilidade dos membros superiores e inferiores de idosos não praticantes de atividade física do Asilo Lar Assistencial José Bezerra Meneses, e como objetivos específicos identificar a prevalência de gênero na amostra estudada, e ainda, analisar de que maneiras o aspecto do abandono interfere na capacidade funcional dos idosos. A problemática que se objetivou responder com a conclusão deste trabalho foi: Qual o nível de força e flexibilidade dos idosos institucionalizados do Lar Assistencial José Bezerra de Menezes e como o aspecto do abandono influencia nestas capacidades funcionais? Metodologicamente a pesquisa aqui apresentada é caracterizada como um estudo de caráter quantiqualitativo, teórico empírica, de nível exploratório e que de acordo com seus procedimentos constitui-se como uma pesquisa transversal. Utilizou-se uma amostra composta por 22 idosos institucionalizados, de ambos os sexos, com idade entre 60 e 93 anos, a estes foram entregues um Termos de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) para que estivessem cientes de sua participação na pesquisa. Os testes utilizados para a coleta dos dados foram retirados da bateria de testes TAFI (Teste de aptidão física para idosos), propostos por Rikly & Jones (2008). Foram utilizados o teste de alcançar as costas, sentar e alcançar os pés, além dos testes de levantar da cadeira e flexão de braço. Observou-se que a prevalência de sexo no grupo avaliado foi feminina com índice de doze mulheres para dez homens. Com resultados negativos para ambos os sexos, no entanto observou-se que nos teste de flexibilidade de membros superiores e força de membros inferiores e superiores os indivíduos do sexo feminino apresentam resultados mais positivos quando se comparam com os resultados do sexo masculino. Concluímos que os resultados analisados dos índices de força e flexibilidade tanto dos membros inferiores como superiores aplicados ao grupo de idosos, não atingiram um resultado satisfatório, apresentando de forma geral índices inadequados de força e flexibilidade referente à sua faixa etária, porém cabe ressaltar que em alguns testes os sujeitos investigados apresentaram também índices positivos. Com isto percebe-se que esses resultados refletem o estilo de vida que os idosos possuem, ou seja, o abandono pelos familiares, o não convívio social, a falta da prática de atividade física regular e de interação entre os mesmos gera a redução da capacidade funcional, agravando ainda mais os problemas físico, sendo possível afirmar também, que há possibilidade de perda das capacidades mentais e cognitivas. Portanto, a solução mais viável para essa problemática seria a inclusão dos mesmos na prática regular de atividade física, levando em conta seus limites individuais.