O objetivo foi identificar a autopercepção das condições de saúde bucal e utilização de serviços odontológicos da população de idosos do Centro de Convivência do Idoso (CCI) de Itajaí – SC. A amostra foi composta por 71 idosos, sendo 79% do sexo feminino. As entrevistas foram realizadas utilizando o instrumento BRAZIL OLD AGE SCHEDULE (BOAS). Os resultados indicam que, quanto ao estado da dentição, apenas 11,26% dos idosos não utilizam qualquer tipo de prótese dentária, 42,25% relataram não faltar nenhum dente, sendo que 88,73% utilizam algum tipo de prótese. Nesta questão, a resposta dos entrevistados quanto a presença e/ou ausência de dentes estava diretamente relacionada com o uso de prótese dentária ou dentes artificiais, isto é, eles consideravam os dentes artificiais como parte deles. Diante disso 92,95% dos idosos relataram não ter problema de mastigação. Com relação à utilização dos serviços dentários, 59,15% idosos procuram serviço particular e apenas 18,31% o serviço público. A maioria justifica procurar a rede particular pela qualidade e rapidez, tanto no serviço prestado, quanto no material utilizado. Em relação a procura pelo serviço odontológico, 11,26% alega não haver necessidade ou possuir medo. A divergência observada entre a percepção de saúde bucal e o alto número de idosos com ausência de dentes ou usuários de prótese, identifica a forma simples de como o idoso percebe esse aspecto de sua saúde. Além disso, a pouca procura por serviços odontológicos públicos, nos faz concluir a necessidade de investimento de políticas públicas com atenção específica à saúde bucal dos idosos.