O presente estudo visa analisar e investigar se há a possibilidade do estabelecimento de relações socioafetivas, mas precisamente, relações de apego por uma criança diagnosticada com o Transtorno do Espectro Autista (TEA), bem como investigar a qualidade das relações socioafetivas estabelecida por essa criança com seus principais parceiros interacionais no contexto escolar da Educação Infantil. Este trabalho tem com base teórica os postulados deixados por John Bowlby (1964/1984) referentes à Teoria do Apego. Com base nessa teoria, o apego é entendido como construído ao longo da primeira infância, por meio das interações estabelecidas pela criança com seus principais cuidadores. Por essa razão, é que essa pesquisa constitui-se como relevante devido ao contexto etário da Educação Infantil, pois é nesse período, que há a possibilidade de ebulição do fenômeno do apego. Do ponto de vista metodológico, trata-se de uma pesquisa qualitativa que se desenvolveu através de um Estudo de Caso do possível estabelecimento de relações de apego construídas pela criança com TEA, matriculada no 3º Ciclo de uma instituição escolar da Educação Infantil pertencente à rede privada de ensino da cidade do Recife-PE. Os procedimentos metodológicos incluem observações e registros videográficos do cotidiano escolar vivenciado pela criança em questão, bem como das relações que ela estabelece durante o seu tempo na escola. Os dados indicam que a criança com TEA em questão, estabelece relação de apego com os parceiros interacionais. Essas relações são diferenciadas conforme a dinâmica relacional co-construída pelos parceiros interacionais.