A inclusão escolar é uma temática que vem ganhando espaço recentemente nas discussões de pesquisadores da área de educação e por ser um tema de suma importância vêm ganhando cada vez mais respaldo da lei para garantir que pessoas com deficiências não sejam privadas de seus direitos. O processo de ensino e aprendizagem para pessoas surdas é fonte de grandes discussões entre pesquisadores, visto que professores de diversas áreas sentem dificuldade para se comunicar com alunos surdos e deixam a encargo do interprete de Libras (Língua Brasileira de Sinais) explicar para o estudante o que se esta sendo discutido em sala, e continua mantendo a linguagem oral como única ferramenta linguística em suas aulas. Não reconhecendo que o surdo é bilíngue, tendo a Libras e o português como primeira e segunda língua respectivamente. Isso faz com que a aprendizagem da pessoa surda seja mais limitada, pois esta não recebe os estímulos necessários como os ouvintes. O ensino da área de ciência da terra é um pouco mais complicado, pois alguns termos não possuem sinais, dificultando assim até mesmo o trabalho do intérprete. A disciplina de Química possui conceitos muito simbólicos o que ressalta a importância de que o professor possua o mínimo de formação necessária para manter uma comunicação com o estudante surdo. Dentro do ensino de química existe uma área que estuda a História da Química, parte fundamental para que o estudante desenvolva uma compreensão crítica acerca dos eventos que acarretam em descobertas cientificas, sendo essencial para a aprendizagem de química. Diante disso, este trabalho apresenta o relato da elaboração de um material didático, vídeo em Libras, para auxiliar no ensino de Química, mais precisamente a História da Química. O trabalho foi desenvolvido por duas discentes do Curso de Licenciatura em Química do IFPE – Campus Vitória durante o V° período na disciplina de Libras, sob supervisão da docente responsável pela disciplina. O trabalho proporcionou momentos de reflexão sobre os desafios docentes e a necessidade de haver mais metodologias de inclusão. Depois de todas as atividades realizadas foi proposto e desenvolvido um recurso visual para o ensino de Química que tem como finalidade desenvolver a inclusão dos estudantes deficientes auditivos nas aulas, e também ajuda-los a compreender o conteúdo de uma maneira mais fácil e diferenciada, levando a estarem em contato também com a própria linguagem escrita.