Ao pensar na inclusão de alunos surdos e alunas surdas, na escola, identificamos a necessidade do professor e/ou da professora, refletir sobre sua prática docente, repensando a construção do processo de ensino e aprendizagem que se dá em sua sala de aula. Ao trabalhar conteúdos matemáticos com os alunos surdos e alunas surdas, é de fundamental importância que o professor, e a professora, produzam atividades através da utilização de recursos, que sejam baseados na experiência visual. Nesse sentido, acreditamos no material manipulável como uma ferramenta de potencial significativo para abordagem de conceitos matemáticos numa sala de aula com alunos surdos e alunas surdas. Tendo isso em vista, essa pesquisa foi realizada em uma escola pública pertencente ao Município de Toritama/PE. Os sujeitos pesquisados foram uma aluna surda e um aluno surdo, ambos do 9º ano do Ensino fundamental e pertencentes a uma escola da rede municipal de ensino. Procuramos levá-los a compreender o número através de um manipulável que possibilitasse tal compreensão. Como resultado obtivemos que com a aplicação do manipulável os estudantes prestaram mais atenção nas medições, mostrando uma concentração maior para a aprendizagem do conceito ali abordado. Além disso, os estudantes surdos mostraram uma grande motivação na realização do experimento e também mostraram um avanço considerável na percepção do pi (π) como um importante conceito matemático. A partir dos resultados obtidos percebemos que o manipulável foi fundamental na abordagem de π, corroborando para uma aprendizagem mais proveitosa e interessante. Notamos ainda que a atividade tornou menos abstrato o conceito de π e mais significativa a aprendizagem dos alunos.