A educação especial vem sendo marcada no Brasil pelo atendimento a pessoas com deficiência, tendo como iniciativa o acesso destas pessoas as instituições escolares especializadas. No âmbito das políticas públicas educacionais, percebe-se nos últimos anos, um aumento quantitativo no acesso de crianças e jovens com deficiência na escola, atribuindo a esta, grande parte da responsabilidade na tarefa de desenvolver uma educação inclusiva que atenda a todos. Algumas pesquisas revelam que este ensino não tem proporcionado aos estudantes um atendimento adequado com condições de permanência no espaço escolar. No que se refere ao Ensino de Química para pessoas surdas, as pesquisas revelam que os sujeitos enfrentam dificuldades de aprendizagem, tendo relação com o processo de aquisição da leitura e da escrita do português, onde os sujeitos não adquirem a linguagem oral de forma espontânea, tendo desempenho na escrita e na interpretação da língua portuguesa extremamente precários. Neste sentido, esta pesquisa tem como objetivo diagnosticar com vem sendo trabalhado o ensino de Química com alunos surdos em uma escola especializada do Município de Campina Grande-PB. Trata-se de um estudo de caso de natureza qualitativa. O público alvo foram 45 alunos do Ensino Médio. Como instrumento de coleta de dados foram aplicados questionários abertos. Os dados foram categorizados a partir da análise de conteúdo de Bardin. Os resultados apontam que os alunos apresentam dificuldades para aprender Química, revelando não gostar da disciplina, como também não conseguem aprender os conteúdos com o professor de Química e nem com o intérprete de libras.