Os estudos na área das neurociências, educação e psicologia contribuem na potencialização da Neuropsicoeducação com vistas na diminuição das demandas de aprendizagem, sobretudo no viés da inclusão. Entende-se por Neuropsicoeducação a aglutinação de conhecimentos oriundos dessas áreas, a partir de uma perspectiva de aprendizagem e desenvolvimento da criança contextualizado numa vertente histórico crítico, sem sobrepor os diferentes construtos envolvidos no processo, mas considerando de maneira interdisciplinar e interdependente. A partir desse pressuposto o presente artigo tem a finalidade de tecer considerações iniciais sobre a Neuropsicoeducação considerando o paradigma da educação inclusiva. Para isso, realizou-se uma revisão de literatura sobre a temática em análise. As pesquisas que discutiram as neurociências e inclusão foram lidos, sendo incluídos os que mais contribuíram para esses apontamentos introdutórios de interlocução das neurociências, psicologia e educação. Para início desse diálogo introdutório advogam-se a tomada de consciência política por parte dos profissionais da educação, que encontra eco nessa discussão simplória, aqui proposta como Neuropsicoeducação. Para além de considerar importante para os professores o estudo da constituição e funcionamento cerebral, é essencial problematizar esse fenômeno na contramão da vertente biologizante e predominante que reduz, se vale e empodera, somente, os marcadores genéticos para justificar práticas educativas acríticas e descomprometidas com as questões históricas e sociais, e que podem excluir os sujeitos do processo educativo e dos espaços escolares.