O presente artigo foi construído a partir de um relato de experiência tendo por base atividades desenvolvidas em um estágio no Programa de Apoio Psicopedagógico (PAP) na Universidade de Fortaleza (UNIFOR) que tem em sua essência a psicopedagogia e um trabalho voltado à Psicologia Escolar pelo viés da inclusão. O estudo teve como objetivo apresentar os conhecimentos teóricos e práticos construídos em Psicologia Escolar, com a prática de Educação Inclusiva. Trata-se de um estudo de natureza descritiva mediante relato de experiência de um estágio em Psicologia Escolar, que pretende mostrar um espaço de aprendizagens e de um contexto de experiência desafiadora. O estudo contou com o tripé conceitual de autores da área da Psicologia, da Educação e da Educação Inclusiva. Dentre as atividades desenvolvidas no PAP, e consequentemente, pelos estagiários, com o propósito de promover a inclusão e a acessibilidade, constam adaptações de materiais para alunos com deficiência visual, a mobilidade de alunos cegos pelo campus, como também, a atuação como ledor(a) em suas provas, o contato com a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), o suporte psicológico em momentos de crise para os estudantes em geral, dentre outras atividades que aproximam a psicologia escolar e as práticas desenvolvidas pelo psicólogo escolar como agente de mudança, em um viés multidisciplinar. Por conseguinte, os resultados sugeriram novos rumos para atuação do psicólogo e concluiu-se ser necessária a abertura desse profissional para as diversas áreas de atuação que a Psicologia engloba e uma maior reflexão acerca de sua práxis no que se refere ao social, para o exercício de sua prática na perspectiva da Educação Inclusiva e da Psicologia Escolar. Por fim, podemos observar que nesta proposta de estágio, questões como a ética profissional e o respeito para com o sofrimento psíquico e a singularidade de cada indivíduo possibilitou a quebra de conceitos pré-estabelecidos frente àqueles que necessitam de inclusão em Instituição do Ensino Superior (IES).