O artigo analisa o acesso à informação por pessoas que possuem deficiência visual, nas bibliotecas universitárias do Rio de Janeiro. Apresenta os meios de acesso à leitura dos deficientes visuais, conceituando e apontando a relevância de cada suporte/material. E verifica se a comunidade acadêmica em questão faz uso dessas ferramentas. Haja vista que este estudo surgiu a partir de indagações a respeito de como vem ocorrendo o acesso da pessoa cega à literatura acadêmica, face aos avanços tecnológicos e, principalmente, considerando questões como: a logística de locomoção dos estudantes cegos à essas universidades é limitada? A arquitetura dos Campus é amigável? Facilita ou não o acesso e acolhimento do deficiente visual? Há sinalizações suficientes? Enfim, as legislações e normas as quais os amparam são cumpridas por essas instituições? A metodologia utilizada foi centrada em análise documental, com ênfase em questões que versam sobre o acesso à informação pelos deficientes visuais, mostrando a importância de se ter um ambiente onde todos possam participar das atividades acadêmicas de forma democrática e plural. E na verificação dos catálogos e bases de dados das referidas bibliotecas universitárias, para saber a quantidade de registros encontrados desses materiais. Conclui-se que os deficientes visuais ainda têm pouco ou nenhum acesso à informação nas bibliotecas por questões diversas tais como: a falta de comprometimento com a legislação vigente para os portadores de necessidades especiais; e, a insuficiente infra-estrutura pedagógica e financeira dessas instituições de ensino para arcarem com uma política de educação para todos, base da sociedade inclusiva.