Este trabalho estabelece uma interlocução entre Educação Inclusiva/ Educação Especial, evidenciando as pessoas com deficiência visual. Nesse sentido, objetivamos identificar as Práticas Educativas Inclusivas voltadas para pessoas com deficiência visual (em especial as pessoas cegas e com baixa visão) e elencar as principais percepções de pessoas com deficiência visual sobre autonomia. a base do pensamento teórico deste exercício de pesquisa será fundamentada a luz dos pensamentos de alguns teóricos. Acerca das Práticas Educativas Inclusivas fizemos uso das contribuições de: ALQUÉRES (2005), ARRUDA (2008), CARVALHO (2010), COIMBRA (2003), ROPOLI et.al. (2010) e SASSAKI (1997). Para nos ajudar a pensar a respeito da autonomia, enfatizando as pessoas com deficiência visual utilizamos: ARRUDA (2008), COIMBRA (2003), FREIRE (1996) e MONTILHA & ARRUDA (2007). Como campo de pesquisa nos aproximamos da Associação Caruaruense de Cegos- ACACE, localizada no município de Caruaru- Agreste Pernambucano. Esta pesquisa aproxima-se da abordagem qualitativa (GIL, 2007) e se aproxima da perspectiva do Método do Caso Alargado (SANTOS, 1983). O estudo aqui apresentado demostra que as práticas educativas contribuem no processo de inclusão das pessoas com deficiência, bem no desenvolvimento da autonomia. Assim, os dados apontam que organizações e/ou associações que busquem desenvolver suas práticas, pautadas nessa concepção, reconhecendo as pessoas cegas e com baixa-visão como sujeitos capazes de serem autônomas, têm contribuído de forma significativa, na luta dos movimentos sociais em prol a garantia da inclusão desses sujeitos. Desse modo, entendemos que a Inclusão Social é um processo que necessita ser construída coletivamente e nossas ações como sociedade devem ser analisadas, visando possibilitar condições para que todos os sujeitos, independente as suas limitações exerçam sua autonomia.