A presença de pessoas idosas em espaços de aulas projetados para jovens e adultos torna-se cada vez mais crescente, pois ao decidirem retomar a sua formação escolar encontram esta oportunidade nas séries da EJA, cuja realidade gera expectativas e desafios entre educandos e educadores, respectivamente. Esta discussão analisa expectativa de educandos idosos(as) na EJA quanto a aprendizagem do conteúdo matemático, averiguando em seus depoimentos relações de proximidade e distanciamento entre o que desejam aprender e o que lhes é transmitido em sala de aula. Tal discussão refere-se a um recorte de pesquisa ora desenvolvida no mestrado em Educação Matemática, configurando-se num estudo de caso ao se analisar depoimentos de uma educanda idosa na EJA, coletados por meio de entrevista semidirigida em sala de aula. Nos depoimentos verificam-se expectativas de volta às aulas (mudanças de vida, superação de preconceitos, matemática aplicada à vida cotidiana) e desafios de adaptação e aprendizagem (conteúdo difícil -“inglês” -, descontextualizado - “matemática diferente do seu tempo”-, heterogeneidade - “turma misturada”). Percebe-se que as expectativas e desafios entre educando-educador alargam discussões teórico-metodológicas direcionadas à formação docente inicial e continuada na EJA, expandida com a presença de educandos idosos(as).