O objetivo deste artigo é analisar a concepção de Inteligências Múltiplas, proposta pelo teórico Howard Gardner em 1983, bem como a reflexão acerca do trabalho com os diversos tipos de aprendizagem em sala de aula de língua inglesa no contexto da modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA). Perceber como as várias inteligências dos aprendizes interferem, de forma positiva ou negativa, no processo de ensino-aprendizagem de uma língua estrangeira, permite ao professor estar preparado para detectar e auxiliar os alunos nas dificuldades de aprendizagem que de alguma maneira estejam relacionadas aos aspectos das diversas inteligências. Atualmente, o ensino adotado na modalidade EJA tem o intuito de trabalhar com os alunos que, às vezes, dispõem de pouco tempo para estudar ou apresentam algum déficit de aprendizagem. Dessa forma, já que se trata de um público diferenciado, o professor deve pautar o ensino de modo a identificar e explorar as potencialidades de cada aluno, e não fazer uso de técnicas tradicionais que não levam em conta os estilos de aprendizagem dos alunos. Nesse contexto, pesquisas baseadas nos conceitos de Gardner (1983) mostram que há diversos tipos de habilidades e que o professor não deve privilegiar uma ou outra inteligência no processo de ensino-aprendizagem, mas sim abordar um conjunto de inteligências possíveis, uma vez que em sala de aula, muitas serão as possibilidades de aprender por parte dos estudantes. Para tanto, torna-se necessário que o docente de língua inglesa, nesse contexto, conheça cada uma das inteligências e analise sua contribuição em sala de aula, avaliando se esta tem sido direcionada a todos os alunos, de maneira a contemplar atividades que possam ser aplicadas a cada tipo de aprendiz. Ao longo deste artigo, serão discutidas ideias teóricas de Howard Gardner (1983), bem como serão apresentados dados de uma pesquisa quantitativa que objetivou conhecer o perfil de alunos do Ensino Médio da modalidade EJA de uma escola pública da Paraíba, a qual por meio de um questionário traçou os tipos de inteligências predominantes, com objetivo de possibilitar ao professor compreender cada tipo de aprendiz segundo seu estilo de aprendizagem.