A dislexia, apresentada na literatura como dificuldade de aprendizagem relacionada ao processo de leitura e escrita, é capaz de influenciar a forma como o indivíduo vivencia suas experiências, tanto no contexto escolar quanto nas diversas áreas da vida. Entendendo a aprendizagem como o processo aquisição de valores, competências e habilidades proporcionada pelas experiências sensoriais, a percepção assume um papel indispensável, tendo em vista que é através dela que o indivíduo se torna capaz de interpretar os estímulos enviados pelo meio ambiente aos diferentes centros nervosos. A Neuropsicologia, a partir de seus estudos acerca da aprendizagem humana, é capaz de auxiliar a psicopedagogia no desenvolvimento de estratégias de ensino-aprendizagem para adolescentes disléxicos. Nesse sentido, investigar os princípios epistemológicos da Psicopedagogia, discutir a relação existente entre a Neuropsicologia e a Psicopedagogia, e tomar conhecimento acerca do funcionamento cerebral e dos fatores que interferem na aprendizagem de pessoas disléxicas, são objetivos desta reflexão baseada em pressupostos teóricos relacionados aos campos científicos em questão. Ponderar as possibilidades de intervenção diante desta temática é de extrema importância, tendo em vista a necessidade crescente de subsídios metodológicos.É importante que haja a compreensão dos fatores biológicos da dislexia para que se perceba que não é um problema criado ou uma desculpa de quem não quer estudar. A dislexia é uma realidade responsável, muitas vezes, pelo fracasso escolar do indivíduo que sofre com o transtorno, portanto os profissionais envolvidos com a área da educação devem ter conhecimento acerta do universo que envolve os transtornos de aprendizagem a fim de otimizar sua prática pedagógica.