A necessidade de manutenção da qualidade dos recursos hídricos impulsionou o surgimento de diversos processos de tratamento das águas residuais, com a finalidade de modificar as suas características, de tal maneira que elas possam ser lançadas em corpos receptores sem causar danos ao meio, ou ser reutilizada, para isso, deve-se prover a redução de componentes indesejáveis, como patógenos, matéria orgânica e sólida suspensos, além de nutrientes como nitrogênio e fósforo. As lagoas de estabilização são uma das variantes mais simples desses processos autodepurativos, as quais consistem em reatores de fluxo contínuo que promovem a detenção dos esgotos por um período de tempo longo o suficiente para que os processos naturais de estabilização da matéria orgânica se desenvolvam. Essas Lagoas em relação a outros tipos de tratamento têm sido destacadas como alta remoção da carga orgânica, redução de coliformes fecais, além de custos com manutenção mínimos. Dentro desta dimensão, o presente artigo objetiva enriquecer debates sobre a problemática da degradação dos corpos aquáticos apontando alternativas tecnológicas e educacionais para a conservação dos recursos hídricos. Tem ainda a preocupação de mostrar a importância de se buscar e criar estratégias em Educação Ambiental que possibilitem e motivem a formação de uma nova ética ambiental e social e a consciência ecológica, capaz de perceber a dimensão dos problemas ambientais e de propiciar o desenvolvimento de alternativas que fomentem o empoderamento de tecnologias que garantam corresponsabilidade e coparticipação princípios fundamentais para sustentabilidade territorial