A produção de conhecimentos científicos muitas vezes contribuem para ampliar processos de exclusão já historicamente solidificados, é o que acontece com a temática da juventude e da adolescência. Buscando problematizar a temática da adolescência e como este público percebe o processo de inclusão/exclusão na sociedade atual, o presente estudo tem como objetivo apresentar sob a ótica de adolescentes o significado da adolescência e do processo de inclusão/exclusão social destes. Para tanto, foi realizado um estudo de campo, por meio da Técnica de Grupos Focais, participaram deste estudo um grupo composto por dez adolescentes, de ambos os sexos, que significam a adolescência a partir de suas experiências concretas e suas relações cotidianas. Com isso, buscamos questionar a concepção naturalista e universal e os estereótipos trazidos por esta perspectiva na definição da fase da adolescência, tal abordagem corrobora para uma visão determinista e excludente. Desse modo, pudemos observar através das falas dos adolescentes como eles se sentem nas várias instituições sociais, entre elas, a escola e a família, e como o processo de exclusão/inclusão faz parte de suas vidas. A partir da perspectiva sócio-histórica buscamos problematizar os processos de inclusão e a adolescência, considerando que os adolescentes reinventam suas tradições, com formas de comunicabilidades diferentes das gerações anteriores, pois vivenciamos outras configurações de tempo e espaço que se refletem nas formas de pensar e agir de acordo com novas lógicas que ainda precisamos melhor compreender. Tal compreensão é fundamental para o aperfeiçoamento da relação professor/aluno e para o melhoramento do processo de ensino-aprendizagem.