O crescimento demográfico da população idosa tem sido de grande interesse para estudiosos. A taxa de crescimento da população idosa tem sido maior que a taxa correspondente do total da população. Estimativas permitem inferir que no período de 1990 a 2025, a população idosa mundial crescerá 2,4% ao ano, contra 1,3% de crescimento anual da população em sua totalidade (PASCHOAL, e FRANCO, 2006 citados por AVERSAN e MUNSTER, 2012). Dessa forma, o que podemos inferir a cerca da assistência prestada nas instituições de longa permanência e como a educação pode ajudar esses idosos a serem ressocializados. Acreditando que a educação é um importante meio de valorização do idoso, no que tange sua melhora no cognitivo, autoestima, o seu meio social tornará mais amplo e este passará a participar de decisões no convívio de seus familiares permitindo um melhora em seu bem-estar, físico e mental. “Envelhecer não é só decair fisicamente. É crescer. É mais do que o fato negativo de que se vai morrer, é também o fato positivo de que se compreende que se vai morrer e que se pode viver melhor por causa disso” (ALBOM, 1998, citado por NASCIMENTO, 2011). A Educação Popular configura o eixo teórico-metodológico, significa privilegiar aspectos como o diálogo e a construção conjunta dos saberes como meio essencial, além do que vislumbra a emancipação social, a autonomia do popular e a promoção da saúde como objetivos-fins (Ministério da Saúde 2007, citado por ARAÚJO et al 2015). Acredita-se na arte, como expressão viva do cotidiano de vida da comunidade, com grande potencial para o compartilhamento de saberes, para a criação de vínculos e para a afirmação de valores populares. Especialmente para superar o distanciamento da universidade das camadas populares, historicamente marcado pela dominação, a partir do conhecimento científico sobre o conhecimento popular (VASCONCELOS 2009, citado por SILVEIRA et al 2015). A educação é inserida num contexto que permita dessa forma, reforçar a participação real e a integração dos idosos na sociedade (OLIVEIRA 2001). A Educação Popular pode ser compreendida por seu potencial instrumental e estratégico. Apresenta princípios norteadores que encontram subsídios no referencial teórico de Paulo Freire, sendo estes; a) saber ouvir; b) desmontar a visão mágica; (MINISTÉRIO DA SAÚDE 2007, citado por SILVEIRA et al 2015). Para Oliveira (2001, pg. 06) “o idoso é capaz de aprender, como também de se adaptar às novas condições e exigências de vida. Apenas deve ser respeitado o seu ritmo individual que, muitas vezes, pode evidenciar-se mais lento do que na juventude. Ritmo diferenciado não se identifica com incapacidade” (citado por NASCIMENTO, 2011). O preconceito com os idosos é um mal da sociedade, a sociedade que valoriza apenas aquele que produz, que tem na vitalidade da vida jovem , esquecendo da experiência e inteligência daquele estar na vida após já ter passados pelos momentos ruins, bons e as glórias da juventude, são estes que ainda tem muito a nos dar, ensinamentos, soluções para problemas, estes que atual momento que passamos tanto esperamos que surgisse.