Trata-se de um estudo da peça Visões Siamesas (2004), da Companhia do Latão, construída como um processo adaptativo do conto de Machado de Assis “As academias de Sião”. Nesse caso, chama a atenção do leitor de ambos os textos, em especial do texto dramático em questão, a contextualização de uma construção artística que se baliza em torno de uma perspectiva épica, inscrevendo uma nova discussão, oriunda de uma situação histórico-político-social implementada pela contemporaneidade. Propõe-se, então, a análise-interpretação de como os elementos épicos presentes em Visões siamesas contribuem para a formalização de um conteúdo que almeja estabelecer uma crítica aos intelectuais, cujo ofício principal é esnobar o conhecimento que não é gerado pelo meio acadêmico.