No trânsito dialógico entre Machado (Memórias póstumas de Brás Cubas, 1881) e Sterne (A vida e as opiniões do Cavalheiro Tristam Shandy, séc. XVIII) no seguinte aspecto: observar "O diálogo entre narrador e leitor" , estes com suas máscaras conversando dentro de cada obra assim como a interlocução entre aqueles autores, levando em consideração que Machado foi leitor de Sterne a ponto de misturar com sua pena da galhofa à melancolia no seu mosaico textual as peripécias shandyanas e nos influenciar no retorno da leitura a Trystam Shandy. Observamos na nossa análise crítico-literária apoiados na perspectiva da literatura comparada, os pontos textuais explícitos e implícitos que denotam a intertextualidade na composição de uma face leitora circunscritas na dialética arte literária e sociedade, especificamente denotando a figura do leitor-narrador. Para tanto, utilizamos da seguinte fundamentação teórica de base: Schwarz (2000), Rouanet (2007), Paes (1998) Jauss (1979); Benjamim, (1994); Kristeva (1969).