O presente trabalho tem como objetivo analisar as concepções de corpo grotesco e riso carnavalesco na obra poética Bufólicas (2002), da autora contemporânea Hilda Hilst. Discutiremos as concepções do realismo grotesco na modernidade em diálogo com o princípio cômico material apresentado no realismo grotesco de Rabelais, a partir de uma leitura do crítico Mikhael Bakhtin na obra A cultura Popular na Idade Média e no Renascimento. O contexto de François de Rabelais (2010). Para tanto, faremos um recorte de um eixo temático na referida obra hilstiana, atendo-nos especificamente aos signos do corpo grotesco nos poemas: “O reizinho gay” e “O anão triste”. Diante da analise empreendida, evidencia-se duas formas de princípio cômico no realismo grotesco, um de motivação material e uma de motivação ética.