PESSOA, Elvira Bezerra et al.. Relações de gênero na escola. Anais IV FIPED... Campina Grande: Realize Editora, 2012. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/169>. Acesso em: 22/12/2024 19:03
O presente trabalho apresenta uma discussão baseada em dados coletados no Estágio de Orientação Escolar realizado numa Escola Pública Municipal de Campina Grande-PB. Tal discussão objetivou descrever a prática cotidiana do/a Orientador/a Educacional (O.E.), frente às questões de gênero em termos dos estereótipos comportamentais vivenciados por meninos e meninas no cotidiano escolar, mas especificamente, as formas do brincar. Assim, verificamos: a) a importância do papel do/a O.E., diante de tais questões, b) que atividades o/a O.E. desenvolver junto aos professores/as e alunos/as visando a sua desconstrução nos relacionamentos inter-pessoais dos/as educandos/as. As atividades realizadas no Campo de Estágio basearam-se nas contribuições dos/das autores/ Grinspun (1992), Zotti (2004), Louro (2008), Auad (2006), entre outros/as autores/as. Na exposição e discussão dos dados verificou-se que a Orientadora educacional da escola em pesquisa junto ao corpo docente não apreciava a temática sobre gênero, em vários momentos foi observado que os brinquedos de meninos não eram para meninas e vice versa. Quando questionamos sobre as brincadeiras “ditas de meninos” e brincadeiras de bonecas só com meninas, a orientadora educacional achou que não era interessante discutir o tema, afirmou que era natural separar as coisas e brincadeiras de homens e mulheres. Esses conceitos, tão comuns em nosso cotidiano, expressam, na verdade, estereótipos sobre masculinidade e feminilidade. São heranças culturais transmitidas pela sociedade (família, amigos, professores). O que não quer dizer que seja a verdade absoluta.