INTRODUÇÃO: Ao estabelecer a educação infantil como primeira etapa da educação básica, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB, Nº9394/96) estabelece que a criança deve ser respeitada como cidadã, sujeito de direitos. Essa concepção, marcada pelo respeito às particularidades e especificidades da criança, garante a esta não só o acesso à educação em creches e pré-escolas, mas, sobretudo uma educação de qualidade. No entanto, por mais notável que seja a defesa dos direitos da criança por uma educação de qualidade, preconizada nos discursos legais, essa recorrente discussão ainda traz em seu bojo a preocupação com a forma com que muitos educadores tratam de tal questão. Diante disso, nos propusemos a investigar que significados de educação infantil marcam o discurso de professoras, focando, especificamente, a prática pedagógica. METODOLOGIA: A pesquisa molda-se como um estudo de caso, com abordagem qualitativa, realizado em uma creche estadual em Campina Grande-PB. Participaram da pesquisa dez professoras da respectiva creche. Os dados foram coletados através de questionários e entrevistas, analisados através da Análise de Conteúdo. RESULTADOS E CONCLUSÃO: Os educadores, na tessitura de seus fazeres, lidam com a concepção preparatória da educação infantil, em que são estabelecidos conteúdos enfadonhos sem nenhum significado para a criança, operando na perspectiva da criança como um vir a ser, negando, portanto, seu direito fundamental: “ser criança”.