A grande maioria das riquezas naturais utilizadas de forma predatória pelo homem como matéria prima para suprir as necessidades do consumismo da sociedade contemporânea são recursos naturais não-renováveis, o que acaba resultando na extinção e reorganização do sistema socioambiental. Uma das formas de trabalhar estas questões é pelo desenvolvimento da Educação Ambiental na sociedade através da Educação, sensibilizando as crianças para os problemas socioambientais, de forma que estas mudem a realidade onde vivem. Desta forma, busca-se ferramentas que ajudem a compreender e sensibilizar os educandos frente aos problemas socioambientais locais e globais de forma atraente, deixando de lado os método tradicionais e exaustivos. Uma destas ferramentas é o trabalho de campo, uma prática essencial e enriquecedora, uma vez que coloca o homem em contato com o espaço natural e o faz pensar nos aspectos atuantes na formação desse espaço. Este artigo, têm como objetivo geral analisar as contribuições do trabalho de campo enquanto ferramenta mobilizadora na Educação Sociombiental em projetos de extensão desenvolvidos em escolas públicas do município de Santa Maria – RS. No ano de 2009 o projeto foi aplicado na Escola Estadual de Ensino Fundamental João Link Sobrinho, em 2010 na Escola Municipal de Ensino Fundamental Miguel Beltrame, em 2011 na Escola Municipal de Ensino Fundamental Lourenço Dalla Corte e em 2013 novamente na Escola Miguel Beltrame. Assim, através das percepções dos educandos durante os trabalhos de campo, notou-se o quão importante é esse tipo de atividade na formação do aluno e da importância de inserir o “in loco” nas abordagens do estudo, pois valorizando o lugar de vivência os educandos resgatam o sentimento de pertencimento com o local, tornando-se cidadãos críticos e reflexivos das suas ações.