Este artigo é fruto do Projeto de Iniciação Cientifica – PIBIC, denominado de “Memórias e Narrativas: As subjetividades de gênero no cotidiano escolar do Colégio Diocesano PIO XI em Campina Grande – PB”, desenvolvido de agosto de 2014 à agosto de 2015, sob a orientação da professora doutora Jussara Natália Moreira Bélens da Universidade Estadual da Paraíba. E tem como objetivo principal revelar o cotidiano escolar sexista praticado nos anos de 1950 no Colégio Diocesano Pio XI. Estabelecimento criado em 1931 pela igreja católica, organizado pelos vieses dessa instituição religiosa em um momento histórico que se processava no Brasil a laicização do ensino. Todavia, o nosso problema se tece em função de que até o ano de 1950, o Colégio PIO XI atendia apenas a jovens rapazes, passando, a partir desta década, a ser escola mista. Configurando-se, assim, como respeitável escola de formação do primeiro e segundo graus (primário, ginasial, clássico e científico) para jovens rapazes e moças campinenses e de cidades circunvizinhas, passando também a admitir educadoras entre o seu corpo docente, uma vez que, até aquele momento, apenas professores lecionavam, com isso buscamos conhecer como ocorrera esta convivência entre os gêneros neste ambiente e nesta configuração histórica por meio dos processos de normatização do ensino. Para isso trabalhamos teórico-metodologicamente com à análise de fontes bibliográficas com Guacira Louro (2013), Justino Magalhães (2004) e outros teóricos das temáticas de gênero e Instituições escolares, assim como pela análise documental dos registros escolares da década de 1950 da referida instituição de ensino.