A política atual de inclusão para estudantes com deficiência em diversos níveis do ensino tem sido tema de muitos estudos e pesquisas. A escola inclusiva surge para atender todos os estudantes, independente de sua condição física, intelectual, gênero, cor, classe social ou qualquer outra situação. Tal proposta vem com a intenção de assegurar o direito à educação de qualidade para todos, respeitando suas particularidades em um ambiente acolhedor que promova um espaço de aprendizagem e interação em prol do desenvolvimento do estudante. Desta forma, o objetivo desta pesquisa foi analisar o processo de inclusão de uma estudante surda da 2º fase da Educação de Jovens e Adultos (EJA), em uma escola da Rede Municipal de Garanhuns-PE. Partimos do pressuposto que a inclusão deve ser para todos, não importando o gênero, faixa etária, classe social, orientação sexual, raça, etnia e/ou ter ou não alguma deficiência. A pesquisa realizada adotou uma perspectiva qualitativa e foi organizada como uma pesquisa ação, que envolveu a professora da turma, a intérprete e os estudantes. Os instrumentos de pesquisa foram a observação, entrevistas semi-estruturadas e questionário. Com base nos indicativos revelados na pesquisa, concluímos que a inclusão da estudante surda é prejudicada devido a um déficit na articulação dos profissionais envolvidos no processo de aprendizagem dessa estudante. Apesar dos esforços da professora e da intérprete, cabe à coordenação e à gestão escolar acompanharem mais de perto esse processo, e oferecerem subsídios para que a professora da sala supra suas necessidades para adotar a proposta inclusiva nesta modalidade.