MILHOMEM, Rayane Brito et al.. Análise de qualidade do ar em açailândia - ma. Anais II CONEDU... Campina Grande: Realize Editora, 2015. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/15431>. Acesso em: 22/12/2024 16:07
A poluição atmosférica é uma grande preocupação a nível mundial, pois impacta negativamente tanto o ambiente biótico como abiótico, comprometendo, dentre outros fatores a saúde pública. Apesar de haver legislação ambiental no Brasil que estabeleça padrões para a qualidade do ar, na prática observa-se o descaso à poluição atmosférica. Açailândia, município maranhense de forte atividade industrial e alto fluxo de transporte rodoviário e ferroviário, é um exemplo típico de ambiente urbano, onde a poluição do ar é visível, em que não se percebe a presença de políticas de controle de qualidade do ar, nem mesmo fiscalização por órgãos competentes. O material particulado é componente típico da poluição atmosférica, e a análise de suas concentrações e possíveis impactos ao meio ambiente e à saúde tem sido muito estudado nas últimas décadas, dada a sua relevância. Sendo assim percebe-se a necessidade de que sejam desenvolvidos projetos de pesquisa voltados para as questões ambientais em Açailândia, especificamente fazer um estudo detalhado sobre a concentração de PM2.5 e Partículas totais em suspensão (PTS) nos de 2012 à 2014 em Açailândia - MA, uma vez que estes materiais particulados são danosos ao ambiente e comprometem a qualidade de vida da população açailandense. A partir de dados fornecidos pelo Sistema de Informações Ambientais Integrado à Saúde Ambiental (SISAM), pôde-se avaliar as concentrações de PM2.5, e através da Secretaria Municipal do Meio Ambiente de São Luís - MA (SEMA), pôde-se avaliar a concentração de Partículas Totais em Suspensão na atmosfera do município, salientando que a SEMA não é responsável pela análise da concentração de Material Particulado, visto que as empresas siderúrgicas em Açailândia realizam a coleta e fazem a análise por intermédio de laboratórios especializados na questão e por conseguinte enviam os dados com as concentrações de Material Particulado no ar. Após a análise dos dados fornecidos percebeu-se que as concentrações de PM2,5 e PTS estão dentro do limite aceito pelos padrões de qualidade do ar estabelecidos pela RESOLUÇÃO CONAMA nº 03 de 28 de junho de 1990, mas verificou-se também que em respectivos meses não houve análises da concentração de material particulado, e que tais falhas não foram justificadas, o que salienta a falta de fiscalização pelos órgãos responsáveis, pois sabe-se que todo material poluente emitido na atmosfera deve ser rigorosamente avaliado e monitorado.