JÚNIOR, Edivaldo Gomes Pinto. Escola metódica: nuances e reconsiderações. Anais IV FIPED... Campina Grande: Realize Editora, 2012. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/153>. Acesso em: 22/11/2024 04:50
Com a urgência, em períodos de tempos intermitentes, de novas formulações e arcabouços teóricos dentro do campo de estudo historiográfico, uma tendência de crítica exacerbada contra os construtos pioneiros de antanho pode ser constatada em ligeiras aferições. Tal fato se apresenta quando o mote de reflexão é a Escola Metódica, principalmente pelo suposto determinismo e mesmo pela ausência de uma crítica de acordo com os critérios atuais de seletividade e ótica. Esta escola teórica, surgida na Alemanha e mais tarde difundida na fértil academia da França, em consonância com as aspirações cientificistas do período, terá a fundamental tarefa de solidificar a profissão e a disciplina histórica enquanto área de conhecimento autônoma. Com o arrolamento das fontes, torna-se perceptível a escassez de trabalhos analíticos sobre a temática, além de parcos estudos comparativos, muito embora quando em matéria de crítica encontre-se largo substrato discursivo. Como suporte referencial, portanto, teremos a análise de autores como José Carlos Reis, Guy Bourdé, Hervé Martins e Alfredo Bosí, que incidirão sobre os alicerces literários desta escola e o papel desempenhando pelos adeptos desta concepção para a consolidação da História no âmbito universitário. Diante da importância concreta de uma das fundadoras da historiografia contemporânea, mostra-se fundamental investigar a importância e os matizes que caracterizam esta vertente teórica, a fim de compreender-se com um contraste ambivalente, as nuances típicas da mesma e sua contribuição para outras teorias do sec. XX.