Pesquisas e discussões acerca da leitura como objeto de estudo mostram tamanha variedade de focos de análise, visto que, em se tratando de leitura, estudam-se textos e sujeitos, elementos marcadamente importantes na construção do sentido linguístico, que se apresentam de certo modo subjetivos, uma vez que estabelecem na sociedade uma atuação diretamente relacionada com a linguagem. Ao se valer da ideia de que leitura é umas das mais valiosas atividades de interação entre os sujeitos, o presente artigo tem como principal foco refletir sobre a leitura verbal vista como um instrumento de conquista e poder na sociedade, em que leitores e escritores se veem capazes de construírem sentidos a partir da credibilidade advinda de seus conhecimentos prévios, vivência de mundo e hipóteses, somados ao texto, de maneira não linear e heterogênea. Ao abordar reflexões acerca dos diversos tipos de leitura, sua relação com outros objetos de interação e desenvolvimento de propostas para a melhoria do tratamento com a leitura nas aulas de língua portuguesa, este trabalho se fundamenta a partir de desenvolvimentos analíticos através de estudos bibliográficos de teóricos como Antunes (2003), Koch (1998), Koch e Travaglia (1989), dentre outros que se debruçam sobre a prática da leitura e outras formas de organização da linguagem.