Neste artigo abordamos os resultados e discussões sobre a análise feita das obras cinematográficas: Branca de Neve (1937); Bela Adormecida (1959); Valente (2012) e Frozen (2013), a fim de identificar processos de naturalização do modelo binário de gênero produzido pela instituição da heterossexualidade compulsória. Para isso, consideramos a narrativa, enredo e desfecho das estórias, bem como as características visuais das personagens, ponderando a coerência entre o aspecto verbal e não verbal das obras. Como resultado, podemos constatar que os dois primeiros filmes citados apresentam marcas mais salientes de performatividade do gênero através dos dois aspectos. Os dois últimos, apesar de apresentar ruptura com o modelo tradicional de representação dos gêneros através do comportamento das personagens, ainda exibe atos repetitivos estilizados como formador da disparidade feminino/masculino. Para melhor rendimento da análise usamos como principal fundamentação teórica os autores: Judith Butler, Michel Foucault e Slavoj Zizek.