As orientações da política educacional preveem que todos os estudantes frequentem o ensino comum, previstas na Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, respaldada no direito à escolarização por meio da modalidade especial. Contudo, considera-se a constituição desta modalidade na educação geral e movimentos de inclusão, no âmbito organizacional da sociedade, como equiparação de direitos de todos à educação. E para propor escolarização às pessoas com deficiência, é necessário que as escolas ofereçam condições para que estas aprendam, além do apoio especializado. Neste sentido, o presente trabalho objetivou analisar os instrumentos de mediação utilizados por professores comuns e especializados diante da escolarização dos estudantes com deficiência, na tentativa de viabilizar o acesso ao conhecimento a estes estudantes. Para subsidiar o estudo, elegeu-se a categoria Organização Trabalho Didático, desenvolvida por Alves (2005) configurada em relação educativa, elementos de mediação e espaço físico. O estudo terá contribuições de Lancillotti (2006), Neres (2006), dentre outros autores e documentos orientadores da Educação Especial. Para tanto, considerou o contexto de uma escola municipal da cidade de Campo Grande-MS, envolvendo estudantes do ensino fundamental. Concluiu-se, com as análises, que em certa medida os instrumentos de mediação utilizados pelos professores comuns e especializados contemplam a aprendizagem destes estudantes, mas com isolamentos e distanciamentos de responsabilidades. E que persiste no discurso de professores comuns, que as mediações feitas a estes estudantes devem ocorrer sob responsabilidade do profissional especializado.