O artigo trata das políticas educacionais erigidas durante a reforma da educação brasileira dos anos 1990, cujas diretrizes norteadas por influências de organismos internacionais estabeleceram as bases da educação nacional na perspectiva da organização curricular, dos processos avaliativos, da descentralização da gestão escolar, do financiamento da educação, da responsabilização da escola pelos resultados e da regulação do estado por meio dos mecanismos de controle social. Para tanto, apresentam-se elementos teórico-críticos que desnudam tais reformas educacionais, legitimadas pelos princípios estabelecidos nos artigos 205, 206 e 214 da Constituição Federal de 1988, referendados na LDBEN de 1996. Para tanto, o estudo recorre a uma metodológica de caráter qualitativo, pesquisa bibliográfica, documental e da base legal da educação brasileira, da coleta de dados junto à gestão em uma escola da região metropolitana de São Luís, Maranhão, fazendo uso de instrumentos de recolha de dados para levantamento de situações essenciais para a análise. Objetiva-se discutir o financiamento da educação no âmbito do federalismo e do regime de colaboração no Brasil, com centralidade para o Programa Dinheiro Direto na Escola – PDDE, a partir do campo analítico das políticas públicas educacionais, sobretudo as reformas propugnadas pelo MEC com implicações no sistema de gestão escolar e seus mecanismos de ação. A análise das teorias imbricadas às políticas educacionais e as práticas de gestão escolar financeira, permite-nos alcançar uma visão crítica dos seus resultados e as mudanças ocorridas em cenário micro e macro capazes de promover o fortalecimento da gestão democrática na sociedade. Tais resultados podem ser empregadas para definição de estratégias de atuação para o fortalecimento da educação local e enriquecer novas discussões acadêmicas em torno do tema, importantes para as escolas em todo o Estado.