O presente trabalho busca discorrer sobre a experiência da produção de uma pesquisa-intervenção com secundaristas de uma escola pública de ensino médio situada em um bairro periferizado da cidade de Fortaleza sobre os modos de vinculação com a escola em tempos de pandemia. Pretende-se discorrer sobre o processo de produção da pesquisa na qual se busca discorrer sobre as maneiras que a escola acabou, por vezes ampliando abismos sociais e excluindo, ou criando estratégias de manutenção do vínculo com a escola durante o ensino remoto durante o período da pandemia por covid-19, relacionando as práticas educativas e as (im)possibilidades de acesso ao ambiente, seja ele virtualizado ou presencial. Por ser uma escola localizada em um bairro periferizado da cidade, Jangurussu, outros atravessamentos com fome, violência, desemprego, acesso à educação e recursos tecnológicos, evidenciam políticas que por vezes, ora incluem, ora excluem os estudantes. Como objetivo da pesquisa pretende-se discorrer sobre o processo de produção de uma pesquisa-intervenção no ano de 2020 na qual estudantes da escola tornam-se pesquisadores da micropolítica do cotidiano escolar cujo objetivo era tensionar os diversos acontecimentos pandêmicos e suas relações com a permanência ou não na escola durante tal período. A pesquisa aconteceu tanto de maneira on-line, como presencial, na qual ocorriam encontros semanais para a formação de pesquisadores, realização das entrevistas, análise coletiva e restituição à escola. Como resultados encontrados, temos a produção de uma pesquisa participativa COM estudantes, empoderados do processo de produção de uma pesquisa implicada com a realidade e o cotidiano escolar, bem como maior vinculação entre universidade-escola.