O ensino de Ciências é marcado por desafios decorrentes da extensa quantidade de conteúdos e muitos dos quais são de difícil compreensão para os estudantes. Frequentemente, esses conteúdos são transmitidos de maneira tradicional, com pouca interatividade e dinamismo em sala de aula. William Glasser, reconhecendo a importância do envolvimento ativo dos alunos no processo de aprendizagem, propôs a Pirâmide de Glasser, que diferencia as metodologias de ensino em aprendizagem passiva e ativa, com diferentes porcentagens de assimilação em cada uma delas. Nesse contexto, surge a questão central deste estudo: como as diferentes abordagens de ensino de Ciências se relacionam com a proposta da Pirâmide de Glasser? O objetivo foi analisar como as diferentes abordagens de ensino de Ciências se relacionam com a proposta da Pirâmide de Glasser. Para isso, foi realizada uma sequência didática em uma turma do 8º ano do ensino fundamental II, testando quatro metodologias distintas propostas por Glasser (Ler, Ver e Ouvir, Praticar e Ensinar) e avaliando sua aplicabilidade e efetividade. A coleta de dados incluiu pré e pós-questionários para identificar o nível de conhecimento prévio dos alunos e sua assimilação após a aplicação das diferentes metodologias e a análise dos resultados foi realizada por meio da técnica de análise de conteúdo, visando identificar desafios e possibilidades no processo de ensino-aprendizagem de Ciências. Os resultados indicam que cada metodologia aplicada obteve um resultado único e significativo, contribuindo para a compreensão dos conteúdos por parte dos alunos. Além disso, foi possível identificar preferências individuais e coletivas dos estudantes em relação às diferentes abordagens, mostrando que toda metodologia é importante, porém não há uma abordagem única que atenda a todas as necessidades de aprendizado, ressaltando a importância da diversificação e adaptação das metodologias conforme as particularidades de cada grupo de estudantes e conteúdo abordado.