O sistema educacional vem passando por processos de mudanças ao longo do tempo na tentativa de responder as demandas sociais e as individualidades dos estudantes. Entretanto, é preciso ultrapassar práticas de ensino tradicionais para promover e garantir uma aprendizagem efetiva e contextualizada para os estudantes, o que requer do professor a utilização de instrumentos didáticos que motivem e envolvam os alunos no processo de ensino e aprendizagem. Diante deste cenário, questionamos: Quais os limites e possibilidades do uso de estratégias didáticas no ensino de Ciências? Essa pesquisa teve como objetivo analisar os limites e possibilidades do uso de estratégias didáticas no ensino de Ciências. O estudo de caráter qualitativo foi desenvolvido em escolas públicas da educação básica de uma cidade do interior do estado da Bahia. Na primeira etapa de obtenção de dados, participaram da pesquisa 22 professores de Ciências e Biologia através de um questionário on-line, devido às restrições de atividades presenciais. A segunda etapa ocorreu com 17 discentes do 7º ano de uma escola pública, por meio da participação em uma sequência didática. Os dados foram analisados e discutidos conforme a Análise de Conteúdo de Bardin (2016). Por meio dos resultados, pode ser observado o uso de técnicas tradicionais como a aula expositiva, além do livro didático como instrumento principal de ensino e aprendizagem, por parte dos docentes participantes. Entretanto, evidenciaram-se as possibilidades do uso de estratégias didáticas para se trabalhar conteúdos de Ciências, como o uso de jogos didáticos, uma vez que motiva e desperta o interesse dos estudantes pelo conhecimento científico. Desse modo, segundo Bizerra e Ursi (2014), utilizar o jogo como uma estratégia de ensino permite ensinar os conteúdos, simular situações reais, permitir o desenvolvimento da criatividade e da iniciativa, trazendo assim, benefícios importantes no ensino de Ciências