Neste artigo, realizamos uma reflexão a respeito da atual condição do mundo do trabalho e, consequentemente, as novas exigências feitas à formação do trabalhador. Para tanto, retomamos os feitos teóricos de Michel Foucault sobre sociedade disciplinar e de Gilles Deleuze sobre a sociedade de controle. Na sociedade disciplinar, o objetivo maior da organização social era o aumento do domínio de cada um sobre si. Para tanto, havia a necessidade da formação a partir do encarceramento dos sujeitos em “instituições de sequestro” (família, escola, caserna, fábrica, hospital, prisão), submetendo-os a um olhar vigilante. Na sociedade de controle (modelo social que tem seu alvorecer a partir do final da 2ª Guerra Mundial e com a ascensão das tecnologias da comunicação), aquele “olho vigilante” da sociedade disciplinar se descentraliza, ao mesmo tempo em que se entranha de modo mais refinado e sutil nos sujeitos, demandando, assim, novas roupagens de formação.