O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno no neurodesenvolvimento que afeta aspectos acadêmicos e profissionais do indivíduo. Em 2024 o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte ofertou a segunda turma de curso de formação inicial e continuada sobre Autismo e Inclusão Escolar. Das 15.789 pessoas inscritas, 924 se identificaram como pessoas que tem necessidades educacionais específicas. Como o curso é na modalidade remota, pessoas de todas as regiões do Brasil se inscreveram. Destas 295 informaram que são professores. O presente artigo analisa a motivação e expectativa dos cursistas que buscam a formação. A pesquisa aborda as características do autismo, as limitações e potencialidades, destacando as diversas barreiras enfrentadas pelos alunos e docentes com TEA, tais como dificuldades de interação social, comunicação e comportamentos restritos ou repetitivos. Utilizou-se como técnica de coleta de dados, a entrevista semi estruturada e os dados foram analisados através da técnica de Bardin (1977). A população foram 60 professores que além de enfrentar a condição do autismo, tem filhos, sobrinhos ou netos na mesma condição. Inicialmente foi levantado o perfil dos pesquisados e em seguida foram feitas a pré-análise, categorização e interpretação dos dados. Contatou-se que 78% dos docentes pesquisados dão aula para alunos com até 12 anos de idade, souberam do curso por meio de amigos e conhecidos e não tem nenhum vínculo com o IFRN. Em relação à análise das falas dos pesquisados, três categorias ficaram em evidência: os que se inscreveram para melhorar sua aula; os que tem interesse no curso por empatia para aprender mais e repassar para os colegas e os que querem aprender mais para ajudar seus filhos. Os três grupos estão no espectro e a maioria recebeu o diagnóstico de forma tardia, depois do diagnóstico do filho.