Este trabalho refere-se a um dos desdobramentos trazidos por uma pesquisa de doutorado concluída em 2020 sobre ensino de línguas estrangeiras (e potencialmente materna) em uma perspectiva crítica e inclusiva (SOUZA, 2020). Como um dos desdobramentos dessa pesquisa, houve a reflexão sobre a importância do paradigma decolonial (WALSH, 2013) como importante contribuição para a educação inclusiva considerando, em especial, a formação docente. Assim , o presente trabalho configura-se uma pesquisa qualitativa realizada por meio de pesquisa bibliográfica (YIN, 2016) que tem como objetivo apresentar uma discussão sobre a necessidade de se compreender , agir e reagir diante das demandas da Educação Inclusiva na perspectiva supracitada. Retomando essa perspectiva, somos incitados a promover o reconhecimento da deficiência como uma expressão dessas diferenças (MANTOAN, 2005) e como sendo inerente a todas e todos nós de forma que as potencialidades dos sujeitos não sejam limitadas ao laudo médico ou às representações trazidas pelos livros didáticos, que invisibilizam ou estereotipam esses corpos em sua “Disneylândia pedagógica” (FREITAG et al, 1997), assim como em diversas mídias e outros textos na pós-modernidade, os quais fazem parte do arsenal pedagógico de docentes e gestores. Como consequência desse reconhecimento, há a compreensão da “situação de deficiência” criada sobre esses corpos (SOUZA, 2020). Como um dos principais resultados dos textos, artigos, leis e demais documentos lidos, destacamos que na perspectiva do projeto decolonial, docentes e gestores precisam atentar-se para o fato de que os sujeitos em situação de deficiência devem ser respeitados s dentro e fora do ambiente escolar como falantes (e não simplesmente falados) e sendo protagonistas no sentido de afirmar como querem existir e reexistir no mundo pós-moderno por meio de atividades de ensino-aprendizagem que não sejam infantilizadas e desprovidas de oportunidades de elas e eles expressarem sua opinião como cidadãs e cidadãos críticos.