O presente trabalho propõe uma discussão acerca de processos de ensino e mecanismos pedagógicos facilitadores de aprendizagem de alunos diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no ensino regular; mais especificamente, no nível superior. A chegada e a permanência de graduandos autistas nos cursos de graduação têm se mostrado uma preocupação desafiadora a Professores da academia e a Supervisores de estágios obrigatórios, razão que motivou o desenvolvimento de projeto de pesquisa realizado entre julho e dezembro de 2023, com o objetivo basilar de estudar mais profundamente os aspectos neuro linguísticos típicos desses indivíduos e como a neuroplasticidade possa elevar as capacidades cognitivas dos educandos com TEA. Os estudos nos levaram a concluir ser possível investir em mecanismos de ensino aprendizagem mais apropriados para a produção de sinapses neurais nesses indivíduos em formação inicial e, em desdobramento, obtermos uma realidade de aprendizagem mais eficaz através da inclusão dos estímulos escolhidos para cada um dos quatro níveis do espectro. Nesta ocasião, propomos discutir os resultados de pesquisa focados na discussão das deficiências do processo de formação de professores, no panorama atual da educação inclusiva no Brasil e em como estudos avançados de neuroplasticidade podem ser forte aliados para proporcionar melhor evolução cognitiva em educandos com espectro autista na educação universitária. Alicerçamos nossa discussão em ilustrações de sala de aula e contribuições de autores como Vygotsky (2001), Glat (2003), Oliveira et al (2019), Sella et al (2018), entre outros estudiosos que auxiliam a esclarecer sobre ensino eficaz para indivíduos autistas no ensino superior.