O aumento significativo de matrículas de pessoas com deficiência em salas de aula comuns na educação básica coexiste com desafios que resultam em altas taxas de retenção e evasão escolar. Estes desafios estão vinculados à persistência de concepções educacionais tradicionais, elitistas e excludentes, que não consideram elementos históricos, sociais, econômicos, raciais, de gênero e particularidades intrínsecas das pessoas com deficiência. Na educação em ciências da natureza, a inclusão adequada desses sujeitos requer atenção a diversos aspectos, incluindo espaços, equipamentos, recursos didáticos, práticas, metodologias e a dimensão afetiva. Este estudo propôs-se a realizar uma Revisão Sistemática de Literatura sobre essa temática no período de 2017 a 2023. No que concerne à metodologia empregada, a revisão foi conduzida mediante a seis pesquisas na plataforma "portal de periódicos da CAPES" com as palavras-chave “Educação em ciências”, “Ensino de ciências”, “educação inclusiva”, “inclusão” e “deficiência”, utilizando filtros de busca e algarismos booleanos, e selecionados a partir de critérios de inclusão e exclusão. Os resultados indicam escassez de estudos e um crescimento gradual e lento de publicações ao longo dos anos. Predomina a orientação para investigar o cenário de publicações em ciências da natureza e pessoas com deficiência, com limitada atenção à experiência do estudante. Apesar dos esforços dos professores em adaptar práticas e metodologias, persiste um despreparo devido a fragilidades em suas formações, sinalizando a necessidade de uma reestruturação no sistema educacional brasileiro para efetiva inclusão de pessoas com deficiência.