Há mais de uma década Decretos e Leis instituídas no Brasil auxiliam e asseguram os direitos das pessoas com deficiência, síndromes ou transtornos (Lei nº 10.436/02, Decreto nº 5.626/05, Decreto nº 6.949/09, Lei nº 13.146/15), buscando, assim, dar maior inclusão social e visibilidade a estas pessoas, assegurando sua efetiva cidadania. Mesmo assim, ainda vivenciamos situações de exclusão, inclusive no ambiente escolar. Uma educação escolar efetivamente inclusiva perpassa por oportunidades equânimes a todos, auxílio e apoio de diversos serviços de acordo com as especificidades de cada indivíduo. Esta assistência também se refere a práticas docentes, que promovam um processo de ensino-aprendizagem efetivo para todos os estudantes. Nesta perspectiva, a sala de aula e a instituição escolar devem oportunizar um ambiente acolhedor, rico em experiências que exponham os estudantes a diversidade, a fim de aprenderem a conviver com a diferença do outro, criando empatia e respeito ao próximo. Neste contexto, as histórias em quadrinhos (HQs) podem ser vistas como recursos para o processo de inclusão, uma vez que, desde o ano 2000 no Brasil, houve uma mudança nas temáticas abordadas nos HQs, o que levou a criação de protagonistas com deficiências, síndromes ou atípicos, como: Tati (pessoa com Síndrome de Down), André (pessoa com Transtorno do Espectro Autista), Luca (pessoa com deficiência física), dentre outros. Nesta perspectiva: este trabalho tem por objetivos: explorar a utilização de HQs com personagens que representam a diversidade e a inclusão social; abordar a importância da utilização de HQs nas aulas como instrumento que auxilia no processo de inclusão; e, instigar o trabalho docente com leituras de HQs inclusivos.