Educação é coisa séria e deve ser tratada com seriedade e responsabilidade por todos os envolvidos, gestores, docentes, discentes, pais, tutores, em seus diferentes níveis, com respeito ao objetivo educacional basilar, sem aceitar desvios de finalidade, sobretudo decretados por aqueles que não vivenciam a realidade do ambiente pedagógico, a sala de aula. A responsabilidade na educação passa sempre pela formação do docente, que não deve se curvar a uma formação que não seja de excelência, visto que o discente merece o melhor da qualidade do ensino recebido. Da educação séria e responsável regular, chegamos ao ponto delicado da discussão que ofereço: avaliar a educação (séria e responsável?) de “inclusão”, importante e necessária, e que deve, sem máscaras ou hipocrisia, fazer parte das discussões deste evento científico que se abre para tratar a tão desafiadora quanto franca temática através de as ilustrações comprobatórias. O objetivo deste trabalho assinado por uma formadora de professores é pautar, em visão crítica pertinente com base em extensa experiência de formação docente em Letras, questões controversas que muitos não têm coragem de expressar publicamente. É hora de despertar: a educação responsável passa obrigatoriamente pela capacidade de conhecer e reconhecer, na inclusão, a diferença entre um ensino de qualidade regular e um ensino de qualidade especial, que, como tal, merece uma formação docente também especial; formadores preparados, com formação inclusiva na bagagem intelectual, que oferecem um ensino inclusivo de qualidade e propriedade adequadas ao ensino regular – sem prejuízo deste. Compartilho referencial bibliográfico de VYGOTSKY (1994), WHITMAN (2025), GIROTTO (2022), SAVIANI, (1999), CABRAL (2027), entre outros.