RESUMO Atualmente a ação docente em Geografia tem enfrentado desafios no que diz respeito à prática da inclusão nas atividades cotidianas em sala de aula. Isto posto, comungamos com a ideia de que isto se deve a falhas na formação inicial e continuada dos professores, tendo em vista que faz-se necessário desenvolver habilidades de elaboração de propostas metodológicas e construção de recursos didáticos capazes de atender a todos os alunos no processo de ensino-aprendizagem, sem nenhuma distinção. Em nosso caso, como licenciado em Geografia e bolsista do PIBID, foi possível experimentar processos metodológicos que considerassem a educação inclusiva no ensino de Geografia. Destacamos, por meio deste texto, que buscamos aproximar a Cartografia Tátil dos alunos videntes da Escola ECI Félix Araújo, localizada no município de Campina Grande/PB, a partir de oficinas desenvolvidas com a turma do 7º ano em 2023. Os discentes tiveram a oportunidade de conhecer os artefatos de escrita em Braille, como também realizaram a confecção de mapas táteis temáticos. Ademais, de forma metodológica, dividimos a oficina em três etapas, na primeira etapa, houve a introdução ao Sistema Braille; na segunda etapa, recortamos os materiais e moldes dos mapas; por fim, na terceira etapa, iniciamos a escrita em Braille. Os resultados apontaram para a necessidade de adaptação metodológica para o ensino de Geografia, que habitualmente se utiliza do sentido da visão para a compreensão de elementos e fenômenos geográficos. Assim, pequenos movimentos metodológicos permitem que todos os sujeitos venham a poder interpretar o espaço em que vivem. Logo, o ramo da Cartografia Tátil apresenta-se como uma possibilidade para as pessoas com deficiência visual ou baixa visão, consigam acessar representações cartográficas, ampliando as possibilidades de escrita, leitura e interpretação do mundo que os cerca, tornando-os autônomos (os alunos com deficiência) e mais empáticos (os alunos videntes).