A adolescência é conhecida como uma fase de alterações hormonais e comportamentais, havendo, consequentemente, uma tendência a modificações na socialização parental no decorrer do desenvolvimento. Nesse contexto, os pais e cuidadores têm sido considerados como figuras essenciais que utilizam diferentes estilos de socialização parental. Para fins de pesquisa, os estilos parentais têm sido organizados em quatro: autoritário, autoritativo, permissivo e negligente. De acordo com alguns estudos, o uso desses estilos de socialização pode variar em função das configurações familiares, vivências e condições socioeconômicas. As questões relacionadas aos estilos parentais vêm sendo estudadas a partir de amostras com desenvolvimento típico e com desenvolvimento neurodivergente em diferentes países. Contudo, o estudo dessa relação ainda é escasso no Brasil. O TEA caracteriza-se por déficits na comunicação e interação social, além de padrões restritos e repetitivos de comportamento. Diante do exposto, o objetivo geral do trabalho é investigar se a presença do diagnóstico de TEA dos filhos se relaciona com determinados estilos parentais. A pesquisa encontra-se na fase de coleta de dados e contará com uma amostra de 40 mães/pais de adolescentes entre 12 e 16 anos, sendo 20 pais de adolescentes com desenvolvimento típico e 20 pais de adolescentes com TEA. Os instrumentos que estão sendo utilizados são: um questionário sociobiodemográfico e a escala de estilos parentais ESPA-29. Espera-se, por meio dessa pesquisa, que seja possível investigar se há diferenças entre os estilos parentais utilizados por pais de adolescentes com desenvolvimento típico e pais de adolescentes diagnosticados com TEA. Também almeja-se observar se outras variáveis, como nível de suporte do TEA, comorbidades e capacidade de comunicação influenciam o tipo de estilo adotado.