O artigo é fruto de revisão de literatura realizada em nossa pesquisa sobre inclusão do aluno surdo. Discute a questão das práticas pedagógicas desses discentes pelo viés dos Multiletramentos idealizados pelo Grupo de Nova Londres (1996). A metodologia se baseia na abordagem qualitativa e utiliza procedimentos bibliográficos para compor o arcabouço teórico. O objetivo é proporcionar a compreensão, de caráter exploratório, sobre os Multiletramentos como metodologia na educação dos surdos, intencionando responder à seguinte problemática: como os Multiletramentos podem ser usados como metodologia visual no processo de ensino- aprendizagem para os alunos surdos? Assim, para compor a reflexão teórica, este trabalho se pauta na especificidade gramatical da Língua Brasileira de Sinais- Libras a partir da autora Brito (1995). Analisa sobre a importância da aquisição da Libras e sua relevância para o desenvolvimento da criticidade nas falas das autoras surdas Stumpf (2005; 2020), Strobel (2008) e Perlin (2003). Faz-se um resgate dos fundamentos dos estudos sobre Multiletramentos idealizados pelo Grupo de Nova Londres, a partir da autora Rojo (2009-2013). Neste esforço, discute-se ainda como metodologias visuais, a partir de texto que explora várias semioses e podem contribuir para a constituição do sujeito surdo. Finalmente, pondera sobre as possibilidades e os desafios na educação dos surdos, utilizando os Multiletramentos na perspectiva de metodologias visuais através dos textos multimodais como proposta pedagógica.