O artigo faz uma breve análise das diversas concepções sobre a deficiência intelectual ao longo da história, assim como um estudo pormenorizado da teoria histórico-cultural sobre a deficiência intelectual e sua importância à educação inclusiva. O objetivo é compreender a deficiência intelectual para além da “falta”, ou seja, a partir de suas potencialidades em busca do desenvolvimento do sujeito através de uma perspectiva inclusiva. O trabalho surgiu da inquietação acerca da concepção sobre a deficiência intelectual nos tempos atuais, visto que, apesar de já se ter percorrido um longo caminho com contextos evolutivos, ainda nos deparamos com pessoas que enxergam o “defeito” acima de tudo, ou seja, antes de ver o sujeito, veem a deficiência. Nesse cenário de juízo de valor, como conceber a deficiência intelectual em uma perspectiva inclusiva? Parte-se da hipótese de que a teoria histórico-cultural pode embasar e fortalecer o processo de inclusão da pessoa com deficiência intelectual. A presente questão leva ainda a uma reflexão sobre direitos e a inclusão escolar da pessoa com deficiência. Sendo assim, dialoga-se neste trabalho com estudos de Garghetti, Medeiros, Nuernberg, Bezerra & Martins sobre as concepções de deficiência intelectual, Vigotski sobre a teoria histórico-cultural e Mantoan sobre educação inclusiva. Este referencial está fundamentado em dados coletados por meio de uma pesquisa bibliográfica, de abordagem qualitativa com vistas ao esclarecimento sobre o tema. Por fim, o estudo faz considerações sobre a teoria histórico-cultural acerca da deficiência intelectual e suas importantes contribuições ao paradigma da inclusão.