A disseminação de informações adequadas para a sociedade pode ser dificultada pela existência de mitos e tabus em torno da sexualidade. Entende-se que indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA), devido à sua forma diferente de processar informações em comparação com aqueles sem o transtorno, enfrentam desafios no acesso a informações sobre essa temática. Este estudo explora a intesecção da sexualidade da mulher lésbica com TEA, e as violências simbólicas enfrentadas em contextos sociais e educacionais. Através de uma revisão sistemática, são apresentadas discussões e contextualizações sobre as várias vertentes presentes neste contexto. O objetivo foi analisar trabalhos que proporcionem o debate mais aprofundado e o levantamento de dados acerca da vivência da sexualidade de mulheres autistas e lésbicas, bem como o contexto em que essas discussões estão sendo, ou não sendo, conduzidas. Foi realizado um levantamento a partir de artigos, dissertações e teses das bases de dados SciELO (Scientific Electronic Library Online), Google Acadêmico, Periódicos Capes e Universidade Federal de Pernambuco - UFPE, entre o período de 2013 a 2023. Foram utilizadas as palavras-chave "sexualidade”, “mulher lésbica”, “com deficiência” e “autista”. Os resultados demonstram um déficit generalizado de informações nesta área, evidenciando o imensurável silenciamento e inviabilização dessas mulheres. Este estudo visa contribuir para uma compreensão mais abrangente e inclusiva nas experiências das mulheres autistas e lésbicas em relação a sua sexualidade, fornecendo insights para futuras discussões e produções acadêmicas.