O transtorno do espectro autista (TEA) é um transtorno de neurodesenvolvimento caracterizado pela dificuldade na comunicação e interação social, somado a padrões de interesses restritos e comportamentos repetitivos, manifestações que são evidenciadas logo na primeira infância. No contexto educacional, é de extrema importância a utilização de metodologias a serem trabalhadas usando como contextualização determinados hiperfocos do sujeito. Nesse sentido, o presente trabalho apresenta as práticas educativas empregadas com um jovem de 17 anos de idade com TEA nível 1 de suporte, como resultados parciais do projeto “Inclusão pelo conhecimento: o transtorno do espectro autista”, desenvolvido em um centro comunitário da cidade de Belém (PA). Os primeiros encontros permitiram traçar o perfil do adolescente; o mesmo apresentava déficits na linguagem expressiva e receptiva, inflexibilidade cognitiva e interesses restritos com maior disposição para jogos e atividades desafiadoras e competitivas. Assim, o jogo eletrônico Minecraft foi utilizado em diversas metodologias e estratégias pedagógicas no intuito de salientar a relação existente entre o mundo virtual criado no jogo e a realidade. Temáticas das Ciências Naturais, como atividades mineradoras e biomas globais, foram abordadas. As atividades deste projeto se iniciaram com uma visita ao Museu de Geociências da Amazônia, para que o educando pudesse observar um acervo real de minerais e minérios, além de interagir com o espaço educativo. Posteriormente, várias atividades lúdico-pedagógicas envolvendo os temas abordados foram desenvolvidas. O desempenho do educando foi avaliado semanalmente e registrado em uma planilha. No final do projeto dois vídeos de curta duração foram produzidos em conjunto com o jovem : ‘Tutorial do Minecraft’ e ‘Os Biomas do Minecraft’.