A Educação Infantil (EI) se tornou obrigatória a partir da reformulação da LDB 9394/1996 às crianças, cuja faixa etária corresponde aos quatro anos de idade. A partir dessa normatização, os Municípios passam a ofertá-la, seguindo as orientações que preconizam a legislação supracitada. Consequentemente, as crianças atípicas, com ou sem laudo, também são inseridas nas instituições de ensino a partir dos quatro anos de idade. Com essa demanda, surgem às seguintes indagações: quais práticas pedagógicas poderão ser elaboradas a fim de incluir todas as crianças? Como garantir o acesso às vivências de forma inclusiva? Como tornar a creche um lugar mais acessível? No presente artigo, discorremos possíveis respostas à essas perguntas, concatenando-as ao relato de experiência de uma Professora regente de Educação Infantil, da Secretaria Municipal do Rio de Janeiro, que formulou um projeto inclusivo, “Descobrindo as multieficiências da deficiência” para o grupamento Maternal II. O principal objetivo desta perscrutação é descrever estratégias que promovam o conhecimento, às crianças, sobre pessoas com deficiências e como incluí-las na sociedade. Para fundamentar o presente estudo, salientamos os aportes teóricos de Pletsch (2020), Capellini (2012) (Kassar (2016), a LDB 9394/1996, a Lei 13.146/2015, que orientam esta pesquisa, na elaboração de propostas para uma educação infantil na perspectiva da inclusão.