Neste trabalho, buscamos analisar e discutir as possíveis contribuições e/ou desafios do ensino e aprendizagem de língua inglesa, num contexto inclusivo de uma turma mista de estudantes (surdos e ouvintes), de uma Escola de nível médio, da Rede Estadual, situada em Cuiabá-MT, a partir da narrativa de professores de inglês e intérpretes. À luz dos fundamentos teóricos e metodológicos dos Novos Letramentos, Lankshear; Knobel (2003); Multiletramentos, Cope; Kalantzis (2015); e da Teoria Socioconstrutivista, Vygotsky (1998), objetivamos fazer descrição e interpretação de uma realidade social específica, adotando o modelo de pesquisa colaborativa (PIMENTA, 2005). Partimos da hipótese de que um trabalho envolvendo docentes de inglês, intérpretes e essa pesquisadora, ancorado na perspectiva de Letramentos e do Socioconstrutivismo, e mediado por conversas colaborativas, contribui para a ampliação de propostas teórico-metodológicas, que favoreçam alunos surdos em contextos de interação com alunos ouvintes. Diante dessa hipótese, algumas perguntas surgem e direcionam essa análise: Como ocorrem as ações do professor nas aulas de língua inglesa em turmas de Ensino Médio, que envolve alunos surdos e ouvintes? Quais são as possíveis contribuições de um trabalho colaborativo para o ensino- aprendizagem de língua inglesa numa turma inclusiva, à luz da perspectiva téorica de Letramentos e do Socioconstrutivismo? Como o professor de inglês e o intérprete percebem a implementação em sala de aula, das atividades elaboradas nas sessões colaborativas?