As mudanças ocorridas na forma de acesso ao ensino universitário, indicam um maior acesso a grupos historicamente excluídos deste espaço, este fato nos revela uma maior entrada de pessoas LGBTQIA+, sujeitos que historicamente subvertem o padrão da cisheteronormatividade naturalizado pela sociedade. O machismo, a LGBTQIA+fobia e a violência de gênero se potencializam no ambiente acadêmico, fruto de disputadas entre a manutenção de posturas conservadoras e construção de novos paradigmas em prol da diversidade. No sentido de trazer à tona a forma pela qual os aspectos socioculturais influenciam, positiva ou negativamente, na permanência acadêmica desse público na UFF campus de Rio das Ostras/ RJ, realizamos uma pesquisa como trabalho final da disciplina Oficina de Conhecimento do curso de serviço social. Por meio de formulário digital elaborado no Google Docs realizamos perguntas sobre diversidade sexual e de gênero, experiências de preconceito e violência, relação familiar e saúde mental relacionadas ao ambiente acadêmico, obtendo 54 respostas. Organizamos os resultados em gráficos, evidenciando que episódios de discriminação e preconceito ocorrem ocasionalmente na universidade 80% nunca sofreram preconceito e 70% se sentem seguros sempre ou na maioria das vezes. Apontamos também a ausência apoio de institucional a temática e que 76% dos participantes enfrentam dificuldade em relação a saúde mental durante a permanência acadêmica. A pesquisa aponta a necessidade de pensar a Universidade como um espaço de formação de sujeitos e profissionais aptos a trabalhar com a diversidade, e nos dá ferramentas para pensarmos ações concretas de enfrentamento às violências e preconceitos neste espaço.