Em tempos de expansão da sociedade da informação e do conhecimento, caracterizada, principalmente, pela intensificação da comunicação por meio das redes sociais digitais e sistemas midiáticos de alcances globais, as pautas feministas foram ampliadas e ganham, cada vez mais, seguidores (as), defensores (as), militantes e ativistas. Nesse contexto, destacam-se novas formas de reconhecimento de mulheridades e feminilidades que vão além das tradicionais construções sociais e culturais do que é ser mulher e ser homem com base no sexo biológico. Butler (2020) e Louro (2003; 2004) discutem acerca de questões ou problemas de gênero, no sentido de problematizar as correlações entre as construções de gênero, sexo e sexualidades, por exemplo. Crenshaw (2002) e Akotirene (2020) trazem debates em torno da interseccionalidade de gênero, classe e raça, temáticas presentes também nos estudos de Conceição Evaristo, Ângela Davis e bell hooks. Entre outras possibilidades, o transfeminismo surge com outros olhares de modo a ampliar as possibilidades de quem pode ser mulher e que feminilidades podem ser exercidas pela diversidade de corpos e desejos. Com base em estudos teóricos desenvolvidos em um grupo de pesquisa, proponho este artigo com o objetivo de trazer algumas reflexões que mostram a ampliação das discussões dentro de movimentos feministas e os novos contornos de enfretamentos possibilitados pelas mídias sociais, como blogs e sites. Nessa direção, é possível perceber a ampliação dos debates que abordam a necessidade de reconhecimento e valorização de vivências de mulheridades e feminilidades, as quais trazem uma dimensão de pluralidade de vozes e debates aos feminismos.